segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

POESIA - Quando desejo

Quando desejo
Desejo o sentimento, não as palavras
Desejo a atitude, não a falsa promessa
Desejo o gesto, não o presente
Desejo o carinho, não a frase bonita

Desejo as batidas do coração, não a pulsação.
Desejo as borboletas no estômago, não o enjôo.
Desejo algo puro e simples, nada banhado de prata e ouro.
Desejo algo que será o meu tesouro.


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

POESIA - O mundo vai acabar

O mundo vai acabar?
O mundo acaba todo dia.
para quem não sonha,
para quem não tem fé,
para quem desiste,
para quem se acha no fundo, um zé mané.

O mundo vai acabar?
O mundo já acabou.
Veja a falta de compaixão,
veja a falta de dor,
veja a falta de carinho,
de afeto, de amor.

O mundo vai acabar?
O mundo acaba todo dia.
Matam as matas,
as lagoas, lagos e rios,
filhos que batem nos pais, 
pais que batem nos filhos,
uns com muito, outros com pouco.

O mundo vai acabar?
É, vai sim
mas ele morre a cada dia
que você passa olhando para o seu umbigo
e não vendo o que passa ao seu lado,
ao seu redor.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

POESIA - Pois é

Pois é
o dia amanhece, mas não é como você quer
o trabalho existe, mas não recebe o que quer
comprou seu carro, mas não tem tudo o que quer
e você está com a sensação de ter sido enganado, de ser um mané

Pois é
a noite caiu, o frio bateu
está escuro lá fora, um breu
e isso faz lembrar que sozinho está

Pois é
no meio da solidão,caem lágrimas
algumas em vão, escorrem pelo chão
chorando e clamando, pedindo perdão
busca compreender o porque da dor, aparentemente sem razão.

Pois é
mesmo que o tempo esteja nublado
mesmo que a vista não veja além
mesmo que todos te desanimem
mesmo que muitos te recriminem

Pois é
porque tudo o que precisamos nesse momento
é um pouco de oração e fé.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

POESIA - Primeiro Passo


Não existe um tempo, não existe uma data, não existe um porque. 

Um belo dia você acorda e vê que as flores antes belas murcharam,
que o céu, que sempre se desenhou azul para ti, está cinza,
que as cores, antes vivas e vibrantes, se tornaram apenas tons pastéis e sem vida.

Você percebe que aquele sorriso que andava estampado no seu rosto
não era real e o que fazia era incomodar a sua bochecha.
Que o brilho no olhar, era lente
visto que os olhos, cansados, já não conseguem mais ver.

Acredita que o amanhã será diferente, mas se depender de ti,
não deseja ver o amanhã.

Acredita que o tempo não passa, nem voa
e por isso fica a toa, esperando tudo chegar.

E um belo dia, vê que o sonho se tornou realidade,
mas não a que antes sonhava e sim a que você foi deixando rolar.
As dores são mostradas, apresentadas, reveladas,
as marcas deixadas visíveis, tudo culpa do não se movimentar.

E aí percebe que não precisa de nada, nem ninguém
E que tudo que precisas, tem
para começar a se movimentar.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

POESIA - Abafado

Está quente, está quente
esse dia parecer ser o mais quente de todos.
Não aguento, não consigo andar
Apesar de me mexer, não saio do lugar.

Abafado, mal respiro
mas sinto a brisa quente bater em meu rosto.
e do nada vejo preto - as torres da cidade sufocando o meu ser.

Correria, dia a dia
falta tempo pra programas que eu adorava fazer.
Noites curtas, dias idem
o tempo me consome e eu sinto a falta de você.

Mas onde estás, onde te encontro
onde devo buscar, onde irei te achar
me perco, no desencontro
e é o tempo que me sufoca e me faz perder o ar.

Madrugada, na calada
não sei bem ao certo o que quero ser e ter
e perdido, iludido
me recolho a humilde insignificância do meu ser.

um em muitos, em milhões
e de dentre todas as nações
havia de ser você

infeliz, ó !! 
é um triz
triste testemunho que não pode tudo ter.

Dividir, nunca estar
ausente, nunca presente
se iludir, e mentir
a mente muda
a mente mente.

E o sonho de repente deixa de ser sonhado.

POESIA - Dor do questionador

Como pessoa, me frustro ao ver que as pessoas comemoraram uma morte; Como comunicador, me pergunto porque seis tiros de um snipper; Como pe...