Não existe um tempo, não existe uma data, não existe um porque.
Um belo dia você acorda e vê que as flores antes belas murcharam,
que o céu, que sempre se desenhou azul para ti, está cinza,
que as cores, antes vivas e vibrantes, se tornaram apenas tons pastéis e sem vida.
Você percebe que aquele sorriso que andava estampado no seu rosto
não era real e o que fazia era incomodar a sua bochecha.
Que o brilho no olhar, era lente
visto que os olhos, cansados, já não conseguem mais ver.
Acredita que o amanhã será diferente, mas se depender de ti,
não deseja ver o amanhã.
Acredita que o tempo não passa, nem voa
e por isso fica a toa, esperando tudo chegar.
E um belo dia, vê que o sonho se tornou realidade,
mas não a que antes sonhava e sim a que você foi deixando rolar.
As dores são mostradas, apresentadas, reveladas,
as marcas deixadas visíveis, tudo culpa do não se movimentar.
E aí percebe que não precisa de nada, nem ninguém
E que tudo que precisas, tem
para começar a se movimentar.
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