domingo, 8 de fevereiro de 2009

Será que o paleativo soluciona ?!

Certa vez um amigo meu foi ao médico.
Chegando lá, ele disse: Doutor, eu tou doente, mas eu não quero fazer exame, não quero sentir dor, não gosto de hospital e quero logo ficar bom.
O Doutor disse: Sim, mas o que o senhor sente ?!
O amigo: Dor, muita dor de cabeça....
O Doutor: Sim, mais isso pode ser sintoma de várias coisas, precisamos fazer uns exames...
O amigo logo cortou: Não, eu não gosto de agulhas, tenho medo da radiação e nada de ficar me dando comprimido ...
O Doutor disse: Tudo bem, os dois primeiros eu posso não fazer, mas os comprimidos ...
E vendo que não ia ter solução, o meu amigo disse: Tá bom, eu tomo o remédio, desde que me garanta que ele irá tirar a minha dor ...
O Doutor disse: Sim, ele talvez não resolva, mas irá diminuir a dor que sentes ... irá amenizar o sofrimento ... irá ficar mais relaxado em alguns momentos ...
Entretanto ....
O amigo perguntou: Entretanto o que Doutor ...
O Doutor: entretanto não sei qual será o resultado. Não sei se a longo prazo o remédio fará efeito e o que isso irá mudar na sua vida e se fará você melhorar ....
Então o meu amigo não mais disse ....

Quando ele me contou isso, eu não entendi porque ele não queria fazer exames e nem nada ... E até hoje eu fiquei sem saber, entretanto, pensei no que estava acontecendo naquele momento. Estava eu entrando para o PROUNI, um programa do governo que destinavam bolsas de estudo em Universidades para estudantes de baixa renda oriundos da rede pública de ensino. O PROUNI é um excelente programa, entretanto, é algo paleativo, que veio para tentar igualar os 500 de exclusão do povo pobre (que por muitas das vezes é negro) das Universidades.

O projeto tem lá as suas falhas, os seus defeitos, mas é um grande avanço dentro dos projetos que tem como mote a igualdade social. Ele dá condições de que as instituições de ensino privadas concedam bolsas em troca do não pagamento de impostos. Muitos acham que esses impostos deveriam ser recolhidos e investidos em criação de novas universidades públicas além de investimentos nas já existentes.

Mas eu ainda me perguntava: "será que é realmente válido isso ?!" De início, claro que sim. Percebi que era necessário ter um projeto desse porte, mas e futuramente ?! Se a base do estudo não mudar, teremos cada vez mais escolas públicas com ensino palpérrimo, professores desestimulados com a aprovação automática (ou algo parecido) baixos salários e outros ...

Enquanto eu devaneava com as minhas idéias, meu amigo se retorcia de dor, dizendo que precisava ir, que estava na hora do remédio já ... Eu ainda pensando:" O projeto não dá nem condições de estudo, não custeia nem a passagem - se o cara já tem pouco, de onde vai tirar para estudar ?!" E meu amigo já ia embora ....

Quando percebi, ele já virava a rua. Então eu gritei: Lú ... Ele virou a esquina .. Eu corri .. E quando o alcancei, ele me disse: Só quem sabe a dor, é que sabe se é bom o remédio, seu efeito e até onde ele irá servir ...

Depois disso ele se foi .... E eu, com as minhas idéias, fiquei ...

domingo, 1 de fevereiro de 2009

2000 Amigos ?!

Depois de merecidas férias (na verdade falta de disposição para escrever ....) volto para trazer uma reflexão e, antes de pensarem que novamente desistirei, venho dizer que irei me esforçar ao máximo para cumprir a promessa que fiz a minha amiga Camila Chaves (mentora que me ajudou a iniciar no mundo do blog)
Outro dia pensando nela, e no esforço dela para que eu fosse iniciar meu blog, lembrei que ela me foi apresentada pelo Celso (indiretamente) e pude conhece-la no Seminário Porto Alegre em 2007. Celso me foi apresentado por Arthur William a quem fui apresentado ao iniciar a minha faculdade. Junto a Celso, me foram apresentados Élida, Paty, Pedro Caribé, Alê, Marilia, Pedrão, Luka, Bunny, Marcos, Luiz e tantos outros militantes da ENECOS.
Arthur, que me foi apresentado na faculdade, pela mesma, tinha junto dele Pepê, Tatá, Thiagão, Thais, Manel, Bettina e tantos outros que faziam parte do CACOS.
Junto a esses, fui apresentado a um novo grupo, daqueles que sentam juntos, comem juntos, fazem tudo junto e até hoje quando penso neles, lembro de meu segundo grau. Então Robson's, Tainá, Maraca, Vitor e tantos outros se juntam ao Célio, André, Rogério, Luciana, Douglas, Aline, e mais alguns que a memória me rouba o nome, mas a fisionomia fica sempre estampada na memória.

Para que eu disse esse tanto de nomes e tantos outros momentos ?! Para lembrar que dos mais diversos lugares e das mais diversas condições vem as nossas amizades. Muitas vezes moramos em condomínio e outros lugares os quais não temos vínculos tão fortes (ou até temos) mas a marca que determinadas pessoas nos deixam .... Essas são eternas.
Nem todas são marcas físicas (algumas sim ...) mas todas essas marcas, muitas das vezes são roubadas pelo tempo; ou será que ninguém se deu falta de algumas pessoas com as quais tenha estudado, jogado bola, ido ao cinema ou simplesmente pego uma chuva num fim de tarde ...

Alguns dizem que nossos caminhos estão traçados ... outros dizem que podemos trilhar nossos caminhos ... Eu prefiro não dizer nada ... apenas compreender que de uma forma ou de outra as pessoas entram em nossas vidas não para todo o sempre, mas para deixar marcas em nossa construção ...

PARTICULARMENTE

Agradeço a
tod@s que entraram em minha vida e por algum motivo deixou marcas em minha construção. No M.E., na faculdade, na vida, na igreja, no dia a dia, no hospital e em tantas outras oportunidades, se pararmos apenas um momento e olharmos ao nosso redor, iremos talvez não entender o mundo, mas entender o que fazemos ali.

Beijos e até o próximo ...

POESIA - Dor do questionador

Como pessoa, me frustro ao ver que as pessoas comemoraram uma morte; Como comunicador, me pergunto porque seis tiros de um snipper; Como pe...