quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

POESIA - Brisa

Era uma brisa leve, suave ...

Insistia em vir, todas as tardes e beijar nossos rostos.
Passear bagunçando o cabelo das meninas.
Balançar as árvores até seus frutos cairem,
e as flores voarem aos céus, sem rumo nem prumo.

Era uma brisa leve, suave ...

Gostava de fechar os olhos,
e sentar.
Sentia a brisa passando, leve e suave,
levando tudo, palavras, raivas, pensamentos.
Nunca deixando nada para trás.

Era uma brisa leve, suave ...

Que muitas vezes significava prenúncio de chuva.
Trazia cheiro de terra molhada e momentos mágicos,
de correr por entre a brisa e debaixo de chuva,
aprontando e fazendo pirraça.

Era uma brisa leve, suave ...

Que com as construções ao redor,
foi reduzida, desviada, extinguida.
E hoje, já que não pode ser controlada,
foi impedida,
de vir nos brindar durante as tardes de verão.

POESIA - Dor do questionador

Como pessoa, me frustro ao ver que as pessoas comemoraram uma morte; Como comunicador, me pergunto porque seis tiros de um snipper; Como pe...