quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

POESIA - Acabou

Acabou ....

Poderia fazer mil coisas,
falar mil vezes que não ....

Chorar e tentar voltar,
correr atrás e ser melhor ....

Mas não dá, acabou.

Não foi lento e nem depressa
foi bom enquanto durou,
mas ainda queria um pouco mais,
um pouco mais de tempo,
para dizer e fazer,
coisas que não disse e que não fiz.

Mas não deu, acabou.

E agora, o que vamos fazer ?!
mesmo que fosse possível voltar
será que iriam querer,
será que teriam porque,
será que iam fazer ?!

Acabou ...

E antes que eu me esqueça
E que todos fiquemos a chorar

venho desejar - lhes

UM FELIZ 2011 !!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Com o X, se faz marcas ...

Era com o X que ele marcava os últimos dias do calendário. Dezembro, mês esperado, mês desejado. Finalmente ele entraria de férias e poderia estar junto com os amigos brincando, pulando, jogando bola e aprontando, claro, como toda criança deve ser ....

Férias, momentos desejados, esperado e comemorados ... E essas ele não marcava com X, nem com Y e muito menos com o Z. Ele não queria marcar, pelo contrário, desejava que não fosse acabar e aproveitava até se cansar.

Mas como toda criança, ele brinca, se machuca, cai, levanta, senta e anda, corre e pula. Se quebra, se rasga, se corta, se fere, opera, engessa e assim tudo vira uma grande festa.

O tempo passa e ele se senta, um dia, como qualquer outro. Um sol, um por do sol, momentos eternizados na memória, que outrora gravava números e telefones, agora só grava imagens que em breve vão estar apagadas.

E, o dourado do sol reluz, conduz, brilha nas marcas ... Mas dessa vez, não as marcas do calendário, mas as marcas da vida. Marcas essas que ele faz questão de guardar e de contar para tios e netos, avôs e colegas como surgiram e de onde vieram. Se não são medalhas, são apenas marcas, que rendem boas histórias e lembranças, guardadas na memória - a mesma que um dia pouco se importou em marcar quanto tempo faltava para a infância acabar.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

POESIA - Fala flor

Então fala minha flor
fala através dos gestos,
ao abrir seus botões,
deixar ir seu pólen,
e aceitar a visita alheia,
então fala minha flor,
com o cheiro exalado,
e o gesto doado de crescer e florescer para nós,
fala flor,
e grita,
não deixe que te arranquem,
e de dor morra.

Então fala minha flor
com o orvalho que molha suas pétalas,
e a chuva que lhe alimenta,
e o sol que lhe sustenta,
seja sempre a energia a fazer você brilhar.

Fala flor ....

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Era sexta, mas podia ser todo dia

Tem coisas que vejo. E todo dia dia se repete, eu juro que fico tentando entender, mas não consigo. E hoje, depois de alguns meses assistindo a tudo isso, resolvi falar .....

Quando era pequeno, a minha mãe me deu uma coisa que me orgulho muito - ela se chama educação. Sim, foi a base de alguns beliscões, algumas olhadas sérias, alguns castigos; mas eu aprendi. E posso garantir que aprendi muitas coisas das quais eu ainda faço hoje em dia e que me fazem diferentes de algumas pessoas dessa nossa sociedade.

Abrir a porta para as pessoas, ceder o lugar para os mais velhos, ceder a vez na fila aos mais velhos, auxiliar os idosos e portadores de necessidades e muito mais coisas. São poucas coisas, singelas, mas que fizeram uma diferença - pelo menos para mim e no meu amadurecimento.

Era sexta - feira e como em todas as sextas, acordei cedo e peguei meu ônibus para ir ao curso de Inglês. Pela primeira vez nesse ano me sentei no fundo do ônibus por não ter lugar mais a frente. E com isso, pude reparar o que ocorre quase todos os dias. As pessoas, fingindo que estão dormindo ou na cara de pau mesmo, não cedem o lugar (nem o reservado) para as pessoas idosas, gestantes e outros que necessitem.

Claro que não posso fazer disso uma regra, pois, sempre tem alguém que faz com que nossa língua queime ao falar dessas coisas. Mas isso me fez pensar: - Será que os pais de hoje em dia pensam que a educação é aquela coisa que aprendemos na escola e nada mais ?! E os bons modos, os bons costumes, a vida em sociedade e amor ao próximo ?!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

POESIA - Nesse momento

Nesse momento, queria ser um passarinho
para voar daqui praí
e ficar bem no seu ninho.

Nesse momento, queria ser um beija - flor
pra chegar na sua boca
e dar varios beijos de amor.

Nesse momento, queria ser um papagaio
pra falar declarações
enquanto eu não me calo.

Nesse momento, queria ser um bem - te - vi
pra poder chegar mais perto
e ver a belezura que é você existir.

Nesse momento, queria apenas ser eu
e que não existisse distancia
nem dificuldade
para viver a verdade
a vontade
a entrega, o amor.

Nesse momento
em que se encontram os corpos
se jogam as roupas
e acaba o pudor.

É nesse momento que sonho
que luto
que busco e que vou .....

POESIA - Dor do questionador

Como pessoa, me frustro ao ver que as pessoas comemoraram uma morte; Como comunicador, me pergunto porque seis tiros de um snipper; Como pe...