segunda-feira, 7 de abril de 2008

Lixo do Luxo ou Luxo do Lixo

Gente
Nessa última semana fui impactado por diversos acontecimentos. Mas isso não modificou o assunto ao qual queria me reter essa semana. O que mudou foi o meu ponto de vista.

Ao voltar para casa estava observando que todo o luxo depende do que a sociedade chama de "lixo". Digo isso por pura e simplesmente reparar algumas coisas do tipo:
- As praias são residencias de grã-finos, pois quem é pobre ou classe média, não tem como morar de frente para o mar. Entretanto a sociedade chama de lixo as profissionais do prazer, que existem desde a antiguidade;
- Essas mesmas moradias tem como profissionais (faxineiros,serventes, porteiros) moradores oriundos da baixada, a mesma que foi proibida de ter licitadas linhas diretas de ônibus para a Barra da Tijuca (moradia de grã-finos no Rio de Janeiro);
- A campanha contra a dengue só tomou corpo no Rio porque começou a chegar aos bairros nobres da Zona Sul e na Barra da Tijuca;

É notória a discriminação daqueles que se dizem sociedade por uma outra classe que é dominada, trabalhadora e muitas das vezes é explorada somente para a manutenção da riqueza de pouco. O fato de serem profissionais do prazer, faxineiros, motoristas e outros em nada diminuem essas pessoas e portanto essas merecem o mesmo tratamento e educação dispensada aos demais.

Não quero me alongar demais no texto e nem chegar a uma conclusão sozinho, mas para ter certeza que o luxo vem do que a "sociedade" chama de "lixo", uso como exemplo a lixeira do Reitor. Alguém tem coisa melhor ?!

3 comentários:

dane_ly disse...

sem o que vc diz que "eles" consideram lixo, nenhum "deles" teria qualquer luxo...rs

Xêru!

Camila Chaves disse...

muito bacana esta relação entre lixo e luxo. só de pensar na quantidade de gente que vive do lixo de poucos luxuosos... sociedade... desigualdade... gostei da sacada sobre a questão de saúde da dengue... como assisto pouca televisão, estava tentando entender o que na verdade teria feito essa crise toda virar um "boom" assim, tão de repente. encontrei a resposta para isso no teu texto. boa, tayago.

Unknown disse...

Não sei o que tem na lixeira do seu reitor e mesmo não entendendo muito os exemplos que vc citou no início do texto, vc sabe qual a minha posição em relação a esse assunto. Sendo bem direta e talvez até radical, acredito com toda convicção que um não exista sem o outro. Em uma sociedade capitalista nuca irá haver ricos se não houver os miseráveis e desafortunado. E duvido que alguém tenha argumentos para contestar essa referência. Um bjão amigo!

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