quarta-feira, 31 de março de 2010

Nem tanto ao céu, nem tanto ao mar.


Era noite e eu fui tomar banho. Mas meu banho é letrado. É que meu pai desde pequeno lia jornal no banheiro e eu acabei pegando essa mania - enquanto a água quente bate nas costas, relaxando o corpo - vou lendo o jornal no banho.

Notícias triviais, outras nem tanto, extase pela vitória do dourado, esportes e o jornal já ia terminando, quando leio uma frase atribuida ao Presidente da Petrobras - José Sérgio Gabrielli, que diz assim:"Eu acho que a distribuição atual, em que o Rio de Janeiro leva 80,9% dos Royalties está errada. Mas a emenda Ibsen também está."

Isso me fez refletir que a briga atual é entre o céu e o mar. Santo é aquele que, segundo a igreja católica, realizou milagres e teve os mesmos reconhecidos por um setor específico da igreja que estuda a veracidade dos mesmos. Nos céus vivem os Santos e o Espírito Santo seria a Trindade deixa a nós por Deus. Do outro lado, os campos .... várias áreas sem delimitação ... são nos campos que vemos a vida surgir (e o que seria o pré-sal senão o surgimento de vida - que gera petróleo)

Porém, a questão principal, nesse caso foi a declaração. Acho que a mais sensata que li até agora. E também a mais próxima do que penso.

Se o governo tem uma das bandeiras a melhoria de vida, a questão do aumento de qualidade de vida, a redistribuição da renda e tantas outras ações Robin Hood, seria no mínimo contraditório aprovar essa proposta. Por outro lado, porque nós, que vivemos bem e desenvolvemos muito nesse último ano, não podemos dividir e fazer com que os outros desenvolvam também. Talvez, se pudermos entender que, estados vizinhos com dinheiro iriam comprar mais de nós ....

Na verdade, a minha proposta é que seja uma redistribuição gradativa. O Rio de Janeiro vai perdendo pouquinho, ano a ano, a ponto de poder estudar outras formas de substituir essa perda.

E talvez uma delas esteja justamente no primeiro golpe dado ao petróleo do Rio. Não é Sr. Serra ?

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