Era um banco de praça
e lá estava ele sentado.
Quieto, calado,
mãos no rosto, esfregava os olhos,
parecida desolado.
Era um banco de praça
e eu o olhava de longe
aos seus pés tinha uma bolsa
de alças compridas e grande
E a distancia que antes existia,
quando me dei conta acabou
estava me sentando ao seu lado
e perguntando o que ocorreu.
E foi então que copiosamente
ele chorou
mas eu não via machucado,
nem dor,
então não via motivos
Mas sei respeitar o choro dos outros
e fiz mensao de levantar
foi quando ele segurou em meus braços
e começou a me explicar.
Ele disse:
Hoje em dia não existe amor
existem paixões, ficadas, sexo,
mas não existe amor.
Quando eu comecei,
tudo era diferente,
existia amor em tudo
e a sociedade era mais "envolvente"
Hoje, não existe amor
não existe amar
e se temos sentimentos
não sabemos expressar
E por isso choro
e por isso lamento
estou ficando sem trabalho
e com isso me atormento.
Por fim compreendi
Ele era um carteiro lamento
pois sem amor
as pessoas não escreviam cartas
e sem elas ele não tinha trabalho.
quarta-feira, 13 de junho de 2012
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3 comentários:
Linda poesia!
nossa amei essa poesia ....
Que linda poesia... Me emociono quando vejo que o mundo dos poetas é sempre bonito, as vezes triste e melancólico, mas é sempre bonito!
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